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Braceletes, colares, cintas de contas, e também peças de cerâmica, bancos, pentes... As representações de animais dos povos do Planalto das Guianas podem ser vistas em inúmeros e diversos objetos. Eis alguns exemplos:
Para a reprodução de formas de animais, os artesãos podem se valer de várias técnicas, tais como entalhamento de madeira (SSM H-0593, MCG 90.8.174),tecelagem (MCG 91.8.219), modelagem (MDE 12.1.130, MPEG 11147), cortes (SSM-0153), etc.
Os animais podem ser representados de maneira abstrata, conforme os grupos culturais de onde as peças se originam. Há uma grande diversidade de padrões, tanto bem evidentes (SSM-0153, MDAF 2012.0.1) como estilizados (MPEG N02\2004, MPEG N02\2008): as formas geométricas que cobrem certas peças de cestaria podem remeter a animais como a suçuarana, a lagarta, ou mesmo a sucuri ou o caramujo (MCG 90.2.1).
Em alguns casos observam-se padrões repetidos, formando longas linhas em volta de peças que podem se referir a pegadas de animais ou partes do corpo deles. As asas da borboleta, por exempo, podem ser simbolizadas por dois pequenos triângulos colocados lado a lado, como pode ser visto em uma peça de cestaria (MCG 89.3.43).
As representações de animais possuem valor estético (MDE 12.1.122; MDE 12.1.133), e permitem decorar objetos. Às vezes, podem também conferir certos poderes a eles: para os ameríndios, os bancos com forma de animal têm o poder de trazer o espírito de volta à Terra durante as festas e comemorações (MCG 91.5.128).